segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Governo acusado de promover precariedade laboral
O Sindicato dos Professores da Região Açores (SPRA) acusou esta segunda-feira o Governo Regional, no dia de início oficial do ano lectivo, de prosseguir uma "política de precariedade" laboral no ensino.
"Os 894 horários postos a concurso, que representam cerca de 17 por cento do corpo docente do ensino público nos Açores, constituem um indicador de que o Governo Regional continua a sua política de precariedade do pessoal docente, tendência que já se manifestava em anos anteriores", denunciou o sindicato, numa conferência de imprensa em Ponta Delgada.
Para esta estrutura sindical, "é imperioso que a Secretaria Regional da Educação elabore um estudo sobre as verdadeiras necessidades permanentes" do sistema educativo regional, defendendo que "se faça transitar um número significativo" daqueles horários para vagas no próximo concurso externo.
No arranque de mais um ano lectivo, o sindicato manifestou também preocupações em relação ao novo Estatuto da Carreira Docente (ECD) e à avaliação dos docentes, que considerou ser um processo "marcado pela polémica".
Nesse sentido, criticou a "imposição da secretária regional da Educação de penalizar, no formulário de avaliação, faltas equiparadas a serviço efectivo e manter a ligação do desempenho escolar dos alunos à avaliação do pessoal docente".
Relativamente à Matriz Curricular do Ensino Básico, o SPRA desafiou a tutela a promover uma "discussão pública", envolvendo professores, universidade e associações de pais.
A gripe A (H1N1) é outra das preocupações do sindicato, que defendeu um reforço orçamental para compra de desinfectantes e produtos descartáveis e um plano de formação para o pessoal docente e não docente.
Lusa / AO online, 14 de Setembro de 2009